Considero um baita problema quando você prioriza os
sentimentos por uma pessoa que te coloca como opção... fica pior quando você é
a última opção... fica insuportável
quando sequer é a última opção... ou sequer faz parte da lista de opções... seja como for, considero inaceitável...
Eventualmente esbarro com algum roteiro em que o tema
central são os desencontros afetivos... fica insuportável quando esses
desencontros prolongam-se indefinidamente por mais de setenta episódios, e tudo
se resolve como se fosse um folhetim
barato, no último episódio...
Obviamente que nós gostamos do: “ E viveram felizes para
sempre...”
Talvez a nossa sede por um final feliz seja apenas reflexo
do nosso anseio por um “final feliz” em nossa vida... que seja eterno pela eternidade... e não
apenas como na frase imortal do poeta... : “Que seja eterno enquanto dure...”
Todos nós queremos uma felicidade eterna, não apenas como
uma nuvem passageira...
Mas em alguns animes, particularmente esse, parece que o
roteirista é um sujeito [ou sujeita... >.<] cheio de recalques, que gosta
de impor sofrimento à [anti] heroína da história...
O que tornou esse roteiro cansativo foi a repetição de
triângulos amorosos... beirou a completa falta de criatividade...
Mas o que me deixa realmente perplexa, é a total falta de
noção de alguns personagens... embora a
minha intuição me sopre no ouvido que é bem possível que existam pessoas mais
sem noção do que alguns personagens desse anime... >.<
Primeiro indicador de sem noção: personagens que se acham
ideais para formar um casal com outro determinado personagem...
Isso acontece na vida real, e em alguns casos tem nome... e
não é nem um pouco legal... ¬¬
É o caso de uma pirralha que sabe do envolvimento e
sentimentos do Yuu, e mesmo assim, se acha no direito de atrapalhar a vida da
Miki, só porque a tal pirralha que eu esqueço o nome para a minha felicidade...
>.< é modelo profissional, filhinha de papai, patricinha, bonitinha e...
pirralha... muito pirralha... ¬¬
Segundo indicador de sem noção: o primo do Ginta, que eu também nem quero
lembrar o nome... ¬¬ ... [seria fácil dar nomes aos bois, mas eles tornam-se
um verdadeiro estorvo ao longo dos episódios... ]. No início poderia até ser
engraçado... mas perdeu a graça de tão repetitivo o comportamento do tal
primo...
Terceiro indicador de sem noção: a amiga do Yuu que sempre foi apaixonada por
ele, nunca se declarou, cresceu, tornou-se violinista... e resolveu aparecer só
pra dizer que não se importa em ser a segunda no coração do amado...
O.õ... oi???? ... essa me fez dropar o anime... Sim...
Sim... dropei... o meu estômago deu sinal de vida depois dessa...
Então... como eu sei que tem – “final feliz” - ???
Simples... antes de perder meu precioso tempo com a sucessão
de mesmices do anime em questão, eu usei o artifício de sempre e fui lá para o
último episódio... poderia ter ido quando assisti o primeiro, mas... nada nesse
mundo é perfeito... >.< ...
Não é por ser um anime antigo... foi produzido em 1994, e a
história original é do mangá.
Não é porque é shoujo. Eu gosto de shoujo... Mas esse deixou muito a desejar...
Normalmente eu prefiro os enredos mais antigos... são sem
sombra de dúvida os melhores...
E na minha opinião, esse anime tinha todos os ingredientes
para ser excelente... mas na minha opinião... simplesmente não foi... não
aconteceu...
E eu estou até agora perguntando o porquê...
Claro que eu li outros autores sobre esse anime... e até
onde pude perceber, ninguém teve uma opinião sequer parecida com a minha...
>.< ... o anime é considerado um clássico... isso é unânime...
E é... um clássico... mas não quer dizer que seja esse
protótipo de perfeição... longe disso...
Depois de algum tempo a gente passa a simpatizar com a Miki,
apesar de atrapalhada, indecisa e
insegura, ela não tem a intensão de magoar
ninguém... não tem a intensão de atrapalhar a vida de ninguém... ela
definitivamente não faz mal a ninguém... não é convencida, nem arrogante, como
a tal pirralha – Suzu – mencionada anteriormente...
Infelizmente... a Miki não tem carisma... o mesmo já não
acontece com a sua melhor amiga Meiko, que bem poderia ser a personagem
principal...
A Meiko tem uma personalidade mais madura e uma história
mais densa... eu diria que ela é o lado sério do enredo... está presa a um amor
proibido... infelizmente seu amado não é
tão determinado quanto ela... apesar de ser considerado “velho”... >.<
O rapaz tem só 23 anos na história e já é velho? Aff... nem
vou entrar nesses méritos... >.< ... é uma questão cultural... porém...
tem lá suas incoerências... são retratos da vida...
Falando em incoerências, tem o Yuu... que se tornou um tipo
de irmão da Miki, apaixonou-se por ela... quase nunca assumiu e trouxe muito sofrimento para a vida da
atrapalhada Miki... acima de tudo, o tal Yuu me parece um tanto leviano...
também não é um sujeito de atitude... ele simplesmente não esclarece a
situação com as suas tietes... Não gosto
desse tipo de atitude... omissão...
O cara simplesmente não dispensa as outras meninas com todas
as letras... deixa que elas se intrometam na vida dele, faz a Miki sofrer e
continua vivendo seus dias tranquilamente como se a Miki fosse apenas mais
uma...
Não posso deixar o Ginta fora dessa lista de personagens que
tinham tudo pra ser, mas, não foram... >.< ... esse é um cara legal...
normal... mas foi preciso perceber que poderia perder a Miki, pra assumir seus
sentimentos... pobre Ginta...
O Ginta é primo daquele sujeito chato que vive correndo
atrás da Arimi, que não larga do pé do Yuu... e assim passamos metade do
anime... ¬¬ ...
Eu diria mesmo que o Ginta tem algum carisma...
infelizmente, o personagem ficou relegado ao cargo de coadjuvante... mesmo
sendo amigo da Miki... seus pontos altos
na história foram bem poucos, assim como o Sato-san...
Resumindo: os personagens realmente legais são apenas
coadjuvantes... ¬¬ ... contudo, sem eles não haveria história para tantos
episódios...
Mas isso não é meio incoerente? ... Sim... um pouco... vai
entender... >.<
Ao longo da história, pelo menos até a parte onde parei, foi
possível constatar que a Miki amadureceu... alguma coisa... sofreu sem
desfigurar seu coração singelo... sem perder a meiguice...
Houve momento que eu até fiz torcida para que a Miki ficasse
com o Sato-san [ Miwa Satoshi], já que foi o personagem masculino que eu
realmente amei... foi o mais coerente do
início ao fim... o mais simpático... e o
único realmente carismático...
Mas ele apaixonou-se pela Meiko... e ele sim... fez tudo o
que esteve ao seu alcance, e fora do seu alcance também... para que ela fosse feliz... mesmo que não
fosse com ele...
A trilha do anime não me empolgou muito, aliás... nada
empolgante... >.< ... exceção à música apresentada no festival cultural
da escola que as personagens frequentam e que no anime foi interpretada pelo
Yuu...
É a segunda música de encerramento, mas, os ouvidos mais
sensíveis perceberão que a letra da apresentação do festival é uma, e a letra
do encerramento é outra... ou quase...
contudo, as duas letras expressam exatamente a essência da história...
O vídeo é antigo... e não existe legenda em pt-br... eu
peguei a cópia que está em pt-pt... não pense que não dificulta um pouco a percepção...
o contexto dos nossos compadres não é necessariamente o nosso...
Infelizmente, os torrents que eu encontrei para legendar, estão mortos e eu
não consegui a série completa... :’( ...
Apesar de uma sequência irritante e interminável de
triângulos amorosos, o roteiro tem seus pontos altos e positivos... porém,
considero ainda que foi muito mal explorado...
enfim... se a história fosse minha, eu tentaria ser no mínimo, mais
criativa... >.<
O ponto mais forte é que, aos poucos todos os personagens
foram se resolvendo afetivamente... ou melhor... quase todos... >.< ...
digamos que a maioria teve um final feliz...
A história em si envolve alguns mistérios, como a ligação
entre o Yuu e o Sato-san, beirando um pouco a comédia, porque leva a crer que
existe alguma relação “intima” entre eles... o que leva a uma série de
situações duvidosas e cômicas...
Há também a questão do segredo do Yuu, que apenas é
mostrado como uma tristeza que faz pesar o coração do rapaz... leva um tempo
para que essa questão seja abordada abertamente no anime... isso faz com que o
personagem seja introspectivo na maior parte do tempo... é possível perceber
que ele não consegue ser feliz... e essa
infelicidade acaba por quase destruir a Miki...
Hummm... “tá bom”...
acho que não é pra tanto... mas fez um grande estrago... hum... ainda não é pra tanto...
>.< ... resumindo: o idiota não consegue ser feliz,
não conta o segredo pra Miki e ela fica sofrendo achando que a culpa é
dela... Pronto... falei... >.<
E também , logo no início, surge o relacionamento misterioso
da Meiko... essa questão será uma prova de fogo para as duas amigas... foi uma
questão muito bem abordada, e bem desenvolvida...
A grande sacada desse anime é que todas as questões que vão
surgindo, gradativamente vão sendo resolvidas... o que pegou foi que em alguns
momentos a narrativa ficou arrastada... um desfecho mais objetivo para algumas
questões seria mais aprazível...
A meu ver, definitivamente o casal Miki-Yuu não emplacou...
e apesar de torcer pela felicidade da Meiko, eu ainda preferia o Satochi como
personagem masculino principal e nesse caso, optaria pela felicidade do casal
Meiko-Satoshi, e eles seriam o casal chave da história... >.<
Eu li em algum lugar entre várias resenhas, que na história
original o Yuu e a Miki seriam irmãos de sangue, e sendo assim, não poderiam
ficar juntos no final... e que o personagem central da trama seria o Yuu...
tendo em vista que essas ideias não foram desenvolvidas no mangá, nem no anime, talvez não tenha sido do agrado
dos produtores e patrocinadores... e
diga-se de passagem, creio que ficou melhor do jeito que foi feito... a ideia
original teria um desfecho frustrante... ¬¬ ...
Eu particularmente não tive paciência de encarar Marmalade
Boy até o derradeiro episódio... mas recomendo para os corações sedentos de
paixão, pois é um bom entretenimento...
Bom – apenas isso... e nada mais...
Até uma próxima...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Pensamento é livre... mas a forma como se expressa deve atender aos princípios da sensatez e educação. Agradecemos a compreensão. [Seu comentário será liberado assim que for analisado.]